
Assim como falei da minha atual cidade quando sai dela, agora falo da praia após nosso retorno.
Bom... Aqui é quase verão!
No início de junho todos os estudantes de Vila Real voltaram para suas casas em Porto, Lisboa, Peso da Régua, e onde mais eles possam morar. E a cidade ficou deserta. Igualzinho o verão em Santa Maria.
A nossa única alternativa, para não enlouquecermos neste marasmo, foi irmos para o Algarve!
Algarve é a região ao sul do país. Com cidades litorâneas e outras mais ao interior. Depois de algumas pesquisas resolvemos ir para a cidade de Faro.
Cidade encantadora. Com prédios lindos e uma marina interessante. Em Faro também percebi a primeira "cena"de grafite de Portugal (já havia reparo em alguns trampos interessantes quando me deslocava do aeroporto de Porto ao centro da cidade, mas foi muito rápido)
Bom, vamos às aventuras!
Foram, aproximadamente dez horas de viagem até chegarmos ao litoral. Saímos de Vila Real e fomos a Lisboa onde pegamos outro autocarro (sim, agora é autocarro!). Chegamos na cidade praiana e o sol ainda não havia nascido. Então nos deslocamos para a Pousada da Juventude da cidade. A treta começa aí já.
Tínhamos reserva para aquele dia. Porém o infeliz da recepção nos disse que a diária começava ã partir das 3 horas da tarde! E não havia nada que pudesse fazer. No máximo poderíamos deixar nossas coisas num canto e esperar até que liberassem nosso quarto. FDP. Foi o que fizemos.
Vamos tomar café da manhã (um pequeno almoço, como dizem). E que disse que havia algo aberto? Esperamos mais duas horas até que as lancherias abrissem. Que mental.
Já mencionei que a praia ficava a uns 10km de onde estávamos?
Bom.. Abriu a lancheria! Comi torradas e um croissant com fiambre (presunto) ao lado de uma desagradável senhora que comia, pigarreava horrores e fumava ao mesmo tempo.
Agora podemos ir para a praia.
Pegamos um autocarro até a ilha de Faro.
Ta bom... A praia era coisa dos filmes de James Bond!!! Mar azul e calmo. Uma beleza indescritível.
Passamos o dia tomando um torraço na praia como bons farofeiros. Na hora do almoço comemos em um restaurante à beira da praia, entre franceses e alemães.
Depois, mais um pouco de sol.
Voltamos para a Pousada ao fim do dia. Já podíamos fazer valer nossa diária.
Nosso colega de quarto era um banana que estava dormindo de pijama. Muito engraçado. Óbvio que fizemos muita piada dele. Mesmo assim era um bom gajo. E fomos os 3 conhecer a noite da cidade.
Muita gente. Gajas lindas!
As boates da cidade eram entre pequenas ruas. Ao melhor estilo europeu.
Ficamos até de manhã nos divertindo horrores.
Fomos acordados ao meio dia por uma incessante batida na porta. Era o fim de nossa diária (das 6 da tarde até o meio dia? que dia estranho dessa gente).
Chega de Faro. Vamos pra Portimão onde nos disseram que era mais interessante ainda.
Ahh... Portimão. A praia mais internacional da Europa.
Sem muita dificuldade chegamos à Pousada desta cidade. A Pousada mais fixe que estivemos. Um grande prédio com quartos, cozinha coletiva, sala de refeições, sala de convivência com sinuca e um belo jardim com piscina.
Mas que mané Pousada o que. Vamos pra praia! Nos aconselharam pegar um autocarro. Mas preferimos ir caminhando para conhecer a cidade.
Devíamos ter pego o autocarro.
Depois de uma boa caminhada e muitas voltas por regiões residenciais chegamos à Praia da Rocha. Que lugar fu****. Chegamos lá a tempo de curtirmos o por-do-sol.
Este dia estávamos cansados e não fomos para nenhum bar ou boate. Compramos algumas comidas congeladas e alguns vinhos.
Neste meio tempo aparece na Pousada uma turma de colégio. Uns 20 jovens com idade entre 14 e 17 anos. Tocando o terror. Me lembrou muito minha viagem ao Beto Carreiro quando estava no Bilac.
Bom... pela manhã voltamos à praia. Percorremos a orla da praia e chegamos a Praia da Vau. Não era muito extenso. Foi tranquilo. Então percebemos o quão turística era aquela cidade. Praticamente não haviam portugueses. Mas muitos franceses, alemães, ingleses e outras variedades de albinos torrando ao sol.
Haviam também muitos senegaleses que vendiam óculos e relógios à beira do mar. Mesmo insistindo que não usava relógio, acabei comprando um. Que burrice. Mas agora eu uso!
Resolvemos ficar mais um dia para tentar arrumar algum emprego de temporada lá e poder ficar até o início de nossas aulas. Preenchemos muitas fichas em hotéis. Estamos até agora no aguardo.
Sem previsão de emprego na praia, voltamos. Não queríamos gastar mais dinheiro. Nosso orçamento é curto.
Bom... a aventura não termina por ai. A volta foi mais traumática do que a ida.
Conseguimos ir de autocarro até Porto, onde pegaríamos outro para Lisboa. Porém a estação de Porto abria apenas às 6 e meia da manhã. E era 4 horas quando chegamos lá! Que mental. Dormi no chão de Porto! Fui, oficialmente, um sem-teto! Quando a estação abriu, compramos nossos bilhetes para Vila Real. Porém o bus saía às 9 e meia da manhã. Mais um episódio da série The Mentalist! Mental total geral!
Demos umas voltas pela cidade. Lugar interessante. Um dia voltaremos lá.
Depois de mais uma hora dentro do autocarro, voltamos para Vila Real.
E a vida recomeça no interior de Trás-os-Montes.
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